10 de nov. de 2009

Artigo: Gays, lésbicas e bissexuais: Vocês tem medo de quê?

Por Fabrício Viana - Como outros animais, nós também temos nossos mecanismos de defesa diante do "perigo", seja ele real ou imaginário. O grande problema, que nos impede de viver plenamente, é quando começamos a acumular vários medos imaginários, aqueles que podem vir a existir, mas que em sua maioria só existem mesmo em nossa cabeça. Para um indivíduo homossexual, a idéia que tenho é que esses problemas duplicam ou mesmo são bem maiores em sua intensidade.

Meu primeiro medo enquanto homossexual dizia respeito ao grande sentimento que tive na adolescência pelo meu melhor amigo. Tinha medo de que o que eu sentia por ele fosse errado. Mesmo abrindo o jogo e ele me rejeitando, inclusive como amigo, continuei e vi que o que sentia não era errado mesmo, apenas não tinha dado certo com ele naquela época.

Quando comecei a me aceitar, tive medo de procurar "semelhantes" em lugares ditos "gays" (bares, boates, etc), mesmo assim fui e não vi nada de mais, pelo contrário, me identifiquei mais ainda com meus próprios desejos, que vi ali explícitos entre as pessoas que se beijavam e se curtiam naturalmente, como em qualquer outro lugar.

Tive medo em seguida de meus pais ficarem sabendo de mim e da vida nova que estava levando. Do jeito que eu os conhecia, falava pra todos os meus amigos que qualquer um poderia aceitar isso, menos os meus, e que eles jamais saberiam disso, jamais! Bobagem minha: o dia que minha mãe tocou no assunto, eu disse "Sim, sou gay!".

Não foi fácil pra gente, ela passou quase seis meses em profunda depressão até eu chegar nela e dizer "mãe, pára com isso. Eu estou bem, levando uma ótima vida, a única pessoa que não está bem com isso é você e você deveria ficar mal se eu estivesse mal, mas não, estou bem e assim quero te ver também!". Depois disso, e até hoje, ela me aceita na boa e até foi comigo e meu namorado na 8º Parada do Orgulho gay de São Paulo.

Em seguida, tive um medo absurdo que as pessoas da empresa em que eu trabalhava ficassem sabendo. Mas não poderia esconder minha vida e fui contando para um e para outro, ao ponto de todos saberem. Resultado, todos continuavam respeitando meu trabalho, mas com uma grande diferença: eu poderia falar abertamente sobre meu final de semana e até mesmo sobre o namorado (coisa que eu escondia até então). Mesmo porque, quando eu não falava, eles me perguntavam e eu sentia que muitos ali realmente se preocupavam comigo.

Quando montei meu primeiro projeto na internet, a Campanha Digital contra o Preconceito a gays, lésbicas, Bissexuais e Transgêneros, falei para o André Fischer que durante a nossa parceria eu não estaria colocando meu nome no site em hipótese alguma. No fundo, era medo de tamanha exposição num projeto desaes. Mas, antes de entrar no ar, pensei que seria muito chato não ter uma figura representando o projeto e, então, coloquei meu nome. A campanha tem quase três anos, mais de 1700 sites cadastrados e é um grande sucesso na internet na luta contra a discriminação.

Quando resolvi criar meu blog, em 2003, o mesmo medo de me expor publicamente. Eu queria fazer um diário contando sobre minha vida, mas tinha medo de que ele pudesse ser acessado por inúmeras pessoas, inclusive aquelas com quem tinha trabalhado e que com certeza saberiam mais cedo ou mais tarde desse endereço. O receio era sempre este: "o que as pessoas irão pensar de mim?". Mais um medo bobo, pois as pessoas entraram e a seleção foi natural, no sentido de que só ficaram do meu lado quem sabia da minha vida e gostava de mim independente de qualquer coisa. Para minha surpresa, todo mundo.

Outro grande medo foi quando dei entrevista na TV Cultura para um jornal "ao vivo", falando sobre homossexualidade no trabalho. Outro medo sem sentido. Até na MTV, quando fui, fiquei com receio, mas o programa foi tão inteligente e proveitoso que, mesmo tendo um cara criticando, ele cumpriu o papel dele de "discordar" da homossexualidade sem agredir e mantendo, acima de tudo, o respeito.

O fato de ilustrar este artigo com várias experiências minhas é justamente para que você olhe para si mesmo e veja quais ou quantos medos você tem aí dentro e que podem estar interferindo, ou que poderão vir a interferir muito em sua vida.

Você tem medo de quê? De gostar de alguém do mesmo sexo? De as pessoas ficarem sabendo? De que sua família, principalmente seus pais, saibam? De sua esposa não entender que agora você tem atração por homens e não mais por mulheres? Que seu filho lhe rejeite por isso? Tem medo de que colegas do trabalho fiquem sabendo e usem isso pra puxar teu tapete? Medo de se expor? Medo de ser você mesmo, sem mentiras? Medo de viver sua sexualidade?

Enfim, a minha grande pergunta neste artigo é: do que você tem medo? Quando você ligar a tecla "dane-se" para todas estas perguntas, para todos esses medos, e passar por várias dessas fases que eu já passei, perceberá que a grande maioria desses medos jamais deveria ter existido. E que você pode ser feliz se livrando de metade ou de quase todos que existem dentro da sua cabeça, te prendendo, te sufocando e impedindo de vivenciar todos os seus desejos homossexuais.

Fabrício Viana é bacharel em Psicologia, gay assumido e autor do livro que fala sobre a homossexualidade (erroneamente citado na mídia de homossexualismo) chamado "O Armário - Vida e Pensamento do Desejo Proibido" - Site do livro

13 comentários:

Anônimo disse...

certamente, é o artigo virtual (de carater homossexual) mais competente, digno e louvável de ser lido. Parabéns ao autor desse texto, nota 10!

Anônimo disse...

ola procuro mulheres em floripa tenho 24 anos somente para curtir nao quero nada serio.... bjsssss gataquerela@hotmail.com

Anônimo disse...

gostaria de relacionar-me com um casal de lésbica, desculpa jeito mas ta tudo tri.

Anônimo disse...

ando louca para beijar muito uma mulher. Sou curiosa tenho 38 anos moro em floripa. entre em contato curiouslesb.silva@gmail.com

Anônimo disse...

Quero mto beijar mulher. Tenho 24 anos, boa aparencia. Contato: amytexas22@hotmail.com bjo

Anônimo disse...

Quero me iniciar (passivo/ativo) com outro homem. Tenho 38 anos. Nível universitário. Contato: gostorb08@bol.com.br

Unknown disse...

Oi ,sou casada adoro mulher e estou afim de transar. Gostoso com outra mulher.tenho 36 anos,morena clara,163 cm 68k.meu marido e corno manso,manso mesmo e nem se importa se vou transar com homem ou mulher.adoro esse corno,a se toda mulher podesse ter um homem assim liberal.moro em floripa se alguem gostar e so entrar em contato.alecio999@hotmail.com bjxxxxxxxxxxxx

Unknown disse...

Oi ,sou casada adoro mulher e estou afim de transar. Gostoso com outra mulher.tenho 36 anos,morena clara,163 cm 68k.meu marido e corno manso,manso mesmo e nem se importa se vou transar com homem ou mulher.adoro esse corno,a se toda mulher podesse ter um homem assim liberal.moro em floripa se alguem gostar e so entrar em contato.alecio999@hotmail.com bjxxxxxxxxxxxx

Anônimo disse...

ola
meu nome é yago sou passivo e verssatio estou a procura de um homen
ativo de 18 ha 30 anos quem quiser m conhecer melhor pode entrar em
contato cmg bjs 048 96138819

Anônimo disse...

Adoraria procuro a mesma coisa

Anônimo disse...

Quero a mesma coisa... Sou de Floripa tbm

Anônimo disse...

Quero a mesma coisa... Sou de Floripa tbm

Anônimo disse...

Adoraria procuro a mesma coisa

Postar um comentário