Artigo: GLBT ou LGBT?

Por Fernanda Martinelli - Aposto que essa dúvida das siglas direcionadas aos gays e lésbicas também bate à sua porta, certo? Como diria o Prefeito de Florianópolis, Dário Berger, no lançamento da Semana da Diversidade, a cada ano o movimento decide acrescentar uma letra diferente na sigla. O que eu quero pôr em discussão aqui não são as letras que são acrescentadas ou tiradas da sigla, mas sim, os efeitos que causam para o movimento GLS.

Será que isso muda alguma coisa?

A sigla GLS sempre foi usada para identificar o movimento. A letra G para os gays, a letra L para as lésbicas, e a letra S para os simpatizantes, para as pessoas heterossexuais que se identificam e respeitam o movimento. Mais tarde abriu-se espaço para os bissexuais e transgêneros, a sigla então mudou para GLBTS, permanecendo ainda os simpatizantes.

Esta sigla perdurou por alguns anos, até que, movimentos feministas reivindicaram a troca da sigla mais uma vez. LGBT, com o L na frente, para dar maior visibilidade às reivindicações femininas. Decidido isso foi levantada outra questão: onde foi parar o S? Muitos simpatizantes reclamaram da exclusão, pois alguns são heterossexuais e respeitam a causa, outros são gays mais ainda não se assumiram.

Mudança da Sigla

A mudança da sigla de GLBT para LGBT que foi aprovada em congresso nacional de gays lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais no ano passado (2008) realizado em Brasília vem dividindo opiniões dentro da comunidade, já que agora a letra L vem na frente para atender as mulheres lésbicas.

Na realidade não há necessidade de tanta polêmica em cima de uma sigla, pois de uma forma ou de outra, tendo o L na frente ou o G a sigla serve para identificar o movimento que defende e luta contra a homofobia.

Para os simpatizantes é uma questão de bom senso, é normal as pessoas não quererem se identificar como gays e se incluírem no S de simpatizantes, ou então as pessoas que são heterossexuais. Na verdade é uma questão de luta, elas são simpatizantes porque defendem e protegem o público.

E porque não incluir o S? Diante de tantas siglas, incluir ou não o S é uma questão simples. Para mim deveria continuar a sigla GLS, deste modo incluía-se todos os segmentos, o G de gays para homens, o L de lésbicas para mulheres, incluindo assim todos os movimentos.

Permitam-me então referir ao grupo que luta pelos seus direitos contra a homofobia de GLS, já que sou simpatizante também e heterossexual, e que vou continuar a defender esse simpático público, iguais a todos, mas que escolheram amar “diferente” dos outros.

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