Por Marcelo Garcia - A adoção no Brasil é assunto não resolvido. Os abrigos estão cheios e não podemos aceitar que as pessoas sejam proibidas de adotar por serem homossexuais. O preconceito atrapalha quem quer ser adotado. E fere de morte as esperanças e os sonhos de brasileirinhos terem uma família. Precisamos aumentar o números de pessoas que querem adotar.
A adoção por gays deve ser vista como um avanço especial. Homens que amam homens e mulherem que
amam mulheres e que decidem estar juntos e ter uma vida partilhada chegam a um momento que desejam ter filhos. Não são poucos os gays que querem que a família cresça, e a adoção é o caminho natural.
Impedir que eles adotem é impedir que crianças sozinhas passem a ter pais, mães, avós, tios e uma família. Os “donos” de preconceitos defendem que é melhor uma criança ficar num abrigo com um casal gay?
No mínimo, eles nunca entraram num abrigo e viram a dor da solidão e do abandono em cada olhar infantil que tem o sonho, às vezes distante, de ter uma família. E qual é o problema de, em vez de umapai e uma mãe, serem dois pais ou duas mães? O sentido da família é o mesmo. O preconceito contra gays já é atraso; usá-lo para que crianças deixem de ter uma família é crueldade.
Eu sou gay, tenho 40 anos e sigo a vida sozinho, mas, se tivesse um companheiro, tenho a certeza de que uma ou mais crianças poderiam ter dois grandes pais e uma família especial e conviver com seus primos, tios e, sobretudo, ganharem uma história especial. Até porque, como diz João Falcão, o que a gente precisa na vida é uma história para contar. Que história vamos deixar que nossas crianças contem por causa de tolos preconceitos?
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